quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Dirigentes

São um problema do futebol em Portugal.

(Ex-Presidente Pinto da Costa)

Conhecidos pelas suas afirmações controversas e atitudes que envergonham muitos. Muitos já foram penalizados, outros não.
Qual é a sua importância no mundo desportivo?
Para muitos essencial..
Para outros não tão importantes!
A verdade é que o cada clube precisa de um. Um director que possa tomar as decisões mais difíceis. Que possa dar a cara na altura em tudo está mais difícil e que assuma também os seus erros de gestão.

(International Rugby Board Ex-Chairman Dr Syd Millar)

Mas será que a sua função deve ficar por aqui?
Será que este deve ser apenas uma pessoa que faz o trabalho de "background", deixando a função de dar a cara para os jogadores e treinadores, respondendo apenas ás questões que tocam a gestão do clube ou Federação?
Será que este dirigente deve ser mais um funcionário? Ou merece, devido ao importante cargo que ocupa no clube, dar a sua opinião e torná-la pública?
Bem ou mal, que papel deve ter um dirigente num clube de Rugby em Portugal?
(Todos os comentários que a equipa de Rugby Field achar pouco construtivos serão automaticamente apagados)

17 comentários:

Anónimo disse...

com a estrutura amadora vigente no Rugby Português os dirigentes acabam mais por ser funcionários que verdadeiramente as caras dos clubes junto dos media.A modalidade tem a dimensão que tem e vende o que vende a nível de media.Como tal os intérpretes directos são aqueles mais apetecíveis entenda-se jogadores e treinadores.Tudo o mais para já é paisagem.E não culpabilizo nenhum dirigente por falta de ambição ou dinâmica. Bem antes pelo contrário. Até conheço muito poucos pessoalmente, mas estou certo que todos fazem o que podem, o que nas condições da modalidade em Portugal é certamente, sempre muito!

Anónimo disse...

o problema de alguns dirigentes no rugby portugues, é que fazem o que lhes dá na gana e isso nunca pode acontecer. o que está escrito no cantinho do presidente é uma falta de respeito por clubes mais fracos mas que mesmo assim estao na divisao de honra.

o presidente de agronomia está a cometer o mesmo erro do cascais de ha uns anos quando se achavam os melhores do mundo e queriam, tb eles jogar com equipas espanholas por afirmarem nao ter competiçao em portugal!!

espero que tudo corra bem a agronomia (relativamente aos emprestimos), mas se por acaso nao correr tudo irá por agua abaixo aquando da saida dos estrangeiros por falta de verbas.

abraços

Anónimo disse...

dirigentes profissionais competentes já!

Anónimo disse...

Seria importante para os Clubes saberem o que os seus dirigentes pensam, o que estão a delinear para o futuro do Clube. Um ex é o Presidente da Agronomia, pode-se concordar ou não com ele mas os seus adeptos sabem o que está a planear e o que espera deles e vice-versa. Do meu clube, tal como em tantos outros a não ser os muito próximos não sei o que se está a delinear nem como vai resolver a crise que vive. Deduzo pelo que vejo fazer e por muitos com quem falo e estão neste momento mais próximos. Mas não sei se é verdade. Penso até que o facto de 1 Presidente se expor e dizer o que pensa, e então se assumir a postura de um líder, motiva os adeptos...ve-se isso no futebol - FCPorto e vê-se na Agronomia. Até o discordar é diferente sabemos aquilo que nos opõe naquele particular. É para mim claro que não gosto nem de uma figura nem de outra mas reconheço mérito aos 2. Trabalhar só na sombra e exercer um low profile, não ajuda o clube não há comunicação, um projecto que se partilhe. É necessário dar-se a "cara" e voz por um projecto por uma ideia, dizer o que se pensa e que essa voz chegue a todose que a mairia se identique. Por mim seria bem vindo o aumento de protagnismo de todos os dirigentes dos clubes, obviamente com conta peso e medida...

Anónimo disse...

Syd Millar já não é presidente do IRB. Agora é o Lapasset.

Anónimo disse...

Seja o Soares Franco, Vieira ou Pinto da Costa, todos os dirigentes são o rosto de 1 projecto que defendem e apostam, não é para comentar jogos ou algo similar. O papel do dirigente de rugby também deve esse ter um projecto e dar a face por ele, claro que noutra dimensão. É como numa empresa tem de haver um líder que intervem e decide e explica e faz as pessoas remarem todas no mesmo sentido.

Anónimo disse...

Sobre os dirigentes...servem para liderar as equipas e implementar os projectos. Mas por favor, não se caia na tentativa de lhes dar protagonismo.

Tornam-se vaidosos, dão largas ao seu ego e nunca mais ninguém os cala. Os protagonistas do rugby devem ser os jogadores, os treinadores e porque não dizê-lo, os árbitros. E vou evitar falar do futebol, se não então é que seria difícil parar.

O dirigente bem sucedido, altruísta e liderante vê-se através da dura placagem dos seus centros, da garra e concentração das linhas avançadas, na excelência do pé do abertura, na qualidade do passe do formação ou no sprint dos seus pontas.

Dirige e lidera pelos resultados, criando condições para que as estrelas, os heróis deste desporto se manifestem e bem através do que sabem fazer.

Não será por acaso que o Sr. Presidente da Agronomia é uma figura tão controversa. Ele chama a si um espaço de intervenção que na minha opinião não lhe pertence.

Leio com atenção os seus "cantinhos". Na sua maioria considero-os incendiários, quer quando se coloca num pedestal em relação aos outros clubes, quer quando ameaça com a desgraça a menor militância dos seus pares. E parece-me ter um posicionamento complicado: "Nós (logo, ele) estamos à frente...nós somos os idealizadores da liga ibérica, nós construímos os campos, vocês (logo, ele não) é que são os responsáveis se isto não correr bem."

Acho a Tapada um sítio lindo, onde muito gosto de ir. Mas gosto de ir ver as linhas de corrida do Gardner e de ir comer uma bifana em dia de jogos. Não gosto de me sentir num clima de Roma Antiga.

O problema pode de facto estar em mim, mas continuo a defender que o modelo de dirigismo que se adapata deve ir buscar o melhor que o Eng. Amado da Silva mostra (dinamismo, entusiasmo, querer fazer), mas deixar para trás o folclore restante.

Anónimo disse...

Maior protagonismo, no sentido de alguns deles se empenharem mais na divulgação e liderança de verdadeiros projectos, sim.

Maior protagonismo, no sentido da criação de permanentes e evitáveis polémicas, estilo "eu sou o maior, os outros não prestam e quem não concorda é porque tem inveja de mim", não.

É uma forma subtil, talvez inconsciente, de transformar rivalidades perfeitamente normais em ódios, indo contra os valores que o râguebi deveria defender.

Com esse tipo de retórica também se impede a discussão racional, desapaixonada, das questões

Anónimo disse...

quanto ao cantinho...

...podias por a opçao de ser indiferente!
um abraço e grande blog

Anónimo disse...

(retirado do site da FPR)

RUGBY, UM JOGO PARA GENTE BEM-EDUCADA

Nós, gente do rugby, gostamos, mostrando o diferente que nos sentimos, de publicitar a definição do jogo no conceito "um jogo de rufias jogado por gente bem-educada" - já não por cavalheiros porque, como também sabemos, os homens não são únicos na modalidade.

E há toda uma profunda razão para o definirmos assim. Desde sempre o jogo de rugby tem uma ética própria subordinada a um conjunto de valores que se estabelecem no seu "Código do Jogo". De facto, existe toda uma maneira de estar que se pretende diferente e tradutora de uma cultura distinta em que o respeito, o "fair-play", o espírito colectivo de equipa, o companheirismo, a abnegação, a boa educação constituem algumas das componente de valores e atitudes que formatam a envolvente do jogo.

E assim sendo, é natural que possamos utilizar, com orgulho, a marca da diferença - um amigo meu, médico e frequentador internacional de estádios de futebol, viu, pela primeira vez, um jogo de rugby no França-All Blacks do centenário da FFR: não julgava possível, dizia, a confraternização permanente entre os espectadores adversários que o rodeavam. Espantado, tornou-se adepto.

Mas se pretendemos sê-lo, devemos, no mínimo, parecê-lo. E o que se passa à volta dos nossos campos em dia de jogo não pertence a este mundo edílico que pretendemos transmitir aos de fora. Espectadores, antigos jogadores na sua maioria, insultam árbitros e adversários, chamam nomes a quem bem querem e comportam-se como rufiotes numa constante demonstração arruaceira, deixando - para inglês ver - a proclamação da pretendida boa educação.

O jogo de rugby não é fácil de gerir. Os árbitros, como os jogadores, têm dificuldades na análise da sequência pela rapidez da acção e pelo número de intervenientes. Mas próximos e se pertencentes ao mesmo patamar, vêem melhor e analisam quase sempre melhor. E, na grande maioria dos casos, tomam a decisão correcta e são os espectadores que, ignorantes da Lei, protestam violentamente, impondo a emoção à razão, pressionando para que a sua cor, apesar de faltosa, deixe de ser "roubada!".

Nada deste comportamento se justifica ou ajuda o rugby português no seu desenvolvimento e progressão. Pelo contrário: desfocaliza jogadores, pressiona treinadores e árbitros de forma desadequada, retira lucidez aos intervenientes e transforma o jogo num espectáculo nada dignificante e que só diminui o campo de influência da modalidade.

Precisamos de melhorar todos os dias o rugby que se joga em Portugal. Para o que necessitamos de melhores treinadores, melhores jogadores, melhores árbitros, melhores dirigentes. Numa vontade que dispensa claramente os piores exemplos da Blood, Sweat and Beers de antanho.

E se, em vez deste comportamento trauliteiro e para começar o novo ano, fizéssemos um esforço para aprender as Leis do Jogo e a sua aplicação prática? Um esforço para que os treinadores fossem exigentes com os seus jogadores, educando-os de acordo com as Leis do Jogo; um esforço dos dirigentes para imporem o rigor das Leis do Jogo nas equipas dos seus clubes e decente comportamento aos seus adeptos; um esforço dos espectadores para que se comportassem como gente bem-educada. E se não há, como também sabemos, jogos sem árbitros e para um futuro com tudo a correr pelo melhor, porque não tentar uma parceria: criar o hábito de convidar os árbitros para se treinarem semanalmente com os diversos clubes.

Talvez assim pudéssemos fazer compreender a marca da nossa diferença: no Rugby, a vitória, sendo importante, não é o mais importante; o mais importante é poder pertencer a uma comunidade muito especial - a comunidade rugbística.

Lisboa, 1 de Janeiro de 2009

João Paulo Bessa

Anónimo disse...

È evidente que o Eng. Amado da Silva tem toda a razão! Deixem-se de armar em "virgens ofendidas"! Tem que se nivelar por cima, tem que se dizer as verdades, não se ofendam com as verdades, é verdade que este n/ campeonato é uma treta, uma vergomha, uma mentira! Quem não quiser progredir, andar pa frente, continuar neste modelo ridiculo, continuem a dar 70s e 80s, pois isso é que é competitivo! Se há alguém no rugby português que vê um pouco mais além, deixem-no ir, não digam logo mal! Continuem nessa pequenez, deixem em paz quem quer avnçar!

Anónimo disse...

100% de acordo com o comentário das 19:12h.

Anónimo disse...

Eu tb concordo a 100% com o coment das 19:12. É claro e muito lúcido. Gostaria de salientar que o dirigente é também (pelo menos deveria ser) o primeiro guardião das Leis e do Espírito do Jogo de Rugby. É através dele e do seu projecto desportivo que Leis e Valores passam para o "core" do clube e deste para os jogadores. E isto prende-se muito com o espectacular texto do João Paulo Bessa. Um grande Senhor do Rugby, em estilo contrário de muitos senhorinhos do raguebi. Entendam a diferença...

Anónimo disse...

o comentário das 19:12 esta francamente bom. gosto particularmente da referencia à prosa do presidente de agronomia, quando refere qe nas situaçoes positivas ele tb faz parte e nao negativas a culpa ja e dos outros. sei reconhecer no entanto o seu espirito construtivo e dinamico coisa que falta a grande parte dos dirigentes nacionais.

para aqueles que defendem o cantinho do presidente: o rugby é ciclico, e nos tempos que correm agronomia esta em grande, vamos ver se daqui a uns anos,"quando" o cascais for campeao e agro estiver na segunda divisao tamem falam da mesma maneira. ha que ter coerencia.

abraços

Anónimo disse...

,"quando" o cascais for campeao e agro estiver na segunda divisao"

Epa, isso vai ser daqui a muitos, mas mesmo muitos anos. Não sei que idade tens, mas acredito que não vivas assim tantos anos! Acredito mais que o "cascalheira" desapareça antes disso, ou que apareçam ratos e ratazanas no "cascalheira".

Anónimo disse...

Como são os comportamentos dos DIRIGENTES das Equipas de Topo, Francesas e Inglesas, para só falar, na Europa?

Anónimo disse...

Será que se deve ao DIRIGENTE do Técnico, o seu actual 5º lugar na tabela da DH?





a nossa realidade é outra!






entendo o teu post, mas não é totalmente construtivo!