quinta-feira, 22 de abril de 2010

Pedro Leal vs. Joe Gardener


Sábado no Estádio Nacional vão haver inúmeros motivos de interesse. Além de uma final entre duas equipas cheias de jogadores internacionais, os duelos entre jogadores poderão ser fundamentais. E são muitos. 

Desde a primeira linha até ao três de trás, ambos os planteis estão recheados de jogadores capazes de fazer a diferença. Mas o mais curioso será os duelo entre os mesmos. Jorge Segurado e Gustavo Duarte, João Correia e Christopher Even, Bernardo Costa Duarte e Nuno Taful, Patricio Ballesteros e Eduardo Acosta, Jacques Le Roux e Luis Portela, Salvador Palha e António Duarte, Vasco Uva e Juan Severino, Lourenço Kadosh e José Pinto, Francisco Mira e Miguel Portela, António Aguilar e Santiago Silvera e por último Joe Gardener e Pedro Leal. 

Mas para hoje olhamos para o duelo que mais poderá decidir o jogo: Pedro Leal e Joe Gardener. 


Apesar de o pequeno internacional português poder actuar a formação (posição onde conseguiu marcar dois ensaios ao Belenenses), Pedro Leal deverá começar o jogo a defesa, enquanto que o seu colega de equipa José Pinto vestirá  a camisola 9. 
Pipoca, está a fazer uma época extraordinária. É o melhor marcador do campeonato com 185 pontos e está apenas a 15 de atingir as 2 centenas. E pelo andar da carruagem, ninguém duvida que no final do jogo frente à Agronomia esse valor se atinja, até porque nos últimos três jogos com a camisola do Direito, Pipoca marcou 60 pontos (!!) - 27 na 14º jornada e 33 nas meias finais.  


Do outro lado está "Big Joe". O defesa internacional português e melhor marcador do ano passado, leva já 153 pontos, dos quais 35 foram ensaios. No ano em que vestiu a camisola das quinas, Joe não parece estar na melhor forma. Apesar de ser o 3º melhor marcador, a verdade, é que o jogador de Agronomia já falhou alguns pontapés durante este ano. Nada de anormal, mas tendo em conta aquilo a que nos habituou pode-se dizer que esta não foi a sua melhor época com a camisola verde e branca. Nada de assustar porque no inicio da época o jogador lesionou-se com alguma gravidade da coxa e vem recuperando devagar. Mas se mesmo uma época má o defesa, nascido na Austrália, consegue marcar 7 ensaios e 118 pontos aos postes, que fará o jogador numa final onde todos estarão à espera que o mesmo ceda perante a pressão. Para além de 3 finais, joe conta jogos importantes a nível internacional que certamente o ajudarão a controlar os nervos e a fazer aquilo que nos habitou.

Os jogos não se decidem por individualidade, mas estes dois jogadores já nos mostraram serem capazes de dar uma grande ajuda às sua equipas nos momentos de maior aperto. São dois jogadores de grande nível e que poderiam jogar numa competição com outro nível. Com 25 (Pipoca) e 24 anos (Joe), este dois jogadores apesar de ainda terem muitos anos de rugby pela frente, somam vários titulos e vão querer adicionar mais um já este sábado.

domingo, 18 de abril de 2010

"Pipoca" leva Direito à final


Já são conhecidos os finalistas da Divisão de Honra 2009/10. Agronomia e Direito conseguiram após 160 minutos de rugby marcar o seu lugar e assim repetir a final do ano passado. Mas não se pense que o caminho até lá foi fácil.


Em Monsanto, o Direito muito teve que lutar e trabalhar para ultrapassar um Belenenses que no final da primeira parte vencia por 13-6. A equipa de Frederico Sousa não parecia encontra-se consigo própria até à altura em que Pedro Leal fez aquilo que mais ninguém dos advogados conseguiu fazer: iludir a defesa belenense e marcar dois ensaios de grande sentido de oportunidade. O cronómetro já tinha entrado nos 70 minutos e o Direito pressionava a equipa azul dentro da sua área de 22, quando o formação encarnado e preto conseguiu encontrar um espaço junto ao ruck e assim marcar um belo ensaio. O Direito passava para a frente do marcador e da eliminatória com mais 3 pontos no geral dos jogos. Recomeçou o jogo e o Belenenses apenas precisava de uma oportunidade de chutar aos postes e empatar as meias-finais... mas essa oportunidade não chegou e o jogo foi-se desenrolar novamente nos 22 metros da turma do Restelo. Com rucks atrás de rucks a equipa do Direito estava mais perto de aumentar a vantagem do que o Belenenses de empatar a partida e como uma fotocópia, mais uma vez, Pedro Leal voltou a marcar 5 pontos numa jogado idêntica à do ensaio anterior. Era o final do sonho azul e branco e o delírio dos advogados.
As duas equipas proporcionaram um grande espectáculo aos adeptos que encheram a bancada de Monsanto. 

Pipoca, levado aos ombro por Salvador Palha, foi o herói de Monsanto. (Fotografia de Miguel Carmo)

Na partida o grande destaque vai para Pedro Leal. Fantástico jogo do defesa e formação do Direito. "Pipoca" marcou todos os pontos da equipa nos dois jogos: 33 no total. É, verdadeiramente um jogador que está em excelente forma e que pode fazer a diferença no próximo fim-de-semana. Do lado do Belenenses estava um autêntico guerreiro. Júlio Farias é um autêntico touro e foi o melhor jogador azul em campo, onde placou tudo o que mexia. O internacional argentino foi uma mais-valia para o Belenenses e a equipa técnica deve tentar tudo para o manter no plantel no próximo ano.


Na Tapada da Ajuda assistiu-se a um jogo que muitos consideravam decidido, mas nem por isso a equipa do CDUL baixou braços. A equipa de Agronomia tem um rugby que pode ser considerado o melhor a nível nacional. Com um grande entrosamento, foi bastante visível avançados a entrar na linha de três quartos e jogarem como se dela fizessem parte. Rápidos e decididos os jogadores de Agronomia conseguiram na primeira parte somar pontos e assim distanciar-se ainda mais da equipa universitária. Mas na segunda parte tudo mudou. O CDUL subiu de rendimento e conseguiu colocar os vice-campeões na sua área de 22. Através de um rugby bastante dinâmico e jogadores em grande forma, dos quais destacamos Carl Murray, Pedro Cabral e Jamie Heuller. Estes jogadores, juntamente com os suplentes que foram entrando em jogo, conseguiram apertar os agrónomos e marcar um ensaio através de Gonçalo Foro que pôs a Agronomia numa situação que não estavam à espera. Contudo, e Agronomia voltou a renascer e nos últimos minutos sentenciou o jogo com mais um grande ensaio de Cardoso Pinto, numa jogada onde chutou a bola por cima da linha defensiva do CDUL indo buscá-la já dentro da área de ensaio. 
O CDUL apareceu neste jogo com uma equipa cheia de soluções. Do banco vieram jogadores frescos que conseguiram equilibrar a partida e assustar os adeptos da Tapada. Certamente que se continuar o bom trabalho no Universitário de Lisboa os frutos poderão ser colhidos já na próxima época. 

A equipa de Agronomia vale pelo seu todo e garantiu a 4ª final consecutiva.

O destaque do jogo vai para João Júnior (em grande forma) e Ricardo Sequeira que colocou a equipa a jogar como poucos em Portugal.

Agronomia e Direito voltam a repetir a final de 2008/09, com toda a justiça. Foram as equipas mais regulares do ano (como se pode verificar na qualificação final do Campeonato) e dos 4 da frente foram as mais fortes. Belenenses e CDUL jogarão o 3º e 4º lugar no mesmo dia e no mesmo campo da final.

Nos jogos entre os 4 primeiros, os dois finalistas foram os que melhores resultados conseguiram.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tudo por decidir


Belenenses e CDUL preparam os seus embates frente a Direito e agronomia com baixas de peso. Peter Leulusso e Pedro Silva estão lesionados e não poderão contribuir nos respectivos jogos. 

O centro neozelandês da CDUL lesionou-se no tendão de Aquiles e está afastado do jogo. A lesão de Pete poderá pôr em campo o médio-abertura Pedro Cabral, fazendo recuar Jamie Heuller para 1º centro. 
Esta é apenas uma de muitas alterações na equipa do CDUL. Afonso Sousa e Nuno Ribas (2ª linha), Francisco Pinto Magalhães (formação) e Nuno Penha e Costa (Defesa) são os jogadores que sairam da equipa inicial. Para os seus lugares entraram Lourenço Machado, Frederico Melim, Zé Mª Sampaio Nunes e Maxi Jordan. Afonso Sousa e Penha e Costa acabaram mesmo por não ser convocados.
A Agronomia encontra-se na máxima força. Michael Lubbe que saiu com queixas do jogo da primeira mão, está recuperado e vai iniciar a partida como titular. No clube da Tapada a única ausência será a de Diogo Coelho. O ponta que já leva 7 ensaios nesta época corre o risco de não jogar mais nesta época. 




No Restelo, Francisco Borges teve mais uma baixa: o internacional português Pedro Silva. O defesa junta-se a Marcos Zavaletta no grupo de indisponíveis da equipa da cruz de Cristo. 
Estas duas lesões acabam por ser atenuadas com o regresso do capitão Diogo Mateus, que muito provavelmente irá formar uma dupla de centros com o seu irmão David. Mas esta não será a única alteração. A lesão de Pedro Silva pode colocar em campo Duarte Nifo e Francisco Moreira para as posições de formação e ponta (respectivamente) da equipa, enquanto Diogo Miranda recua para defesa. 
O clube mais com mais portugueses dos 4 finalistas está com o plantel quase completo. A única dúvida reside na utilização de Miguel Portela. O experiente jogador não jogou na primeira mão por não se encontra nas melhores condições e pode voltar aos relvados já neste sábado. Caso jogue a titular a linha de três-quartos encarnada e preta sofrerá algumas alterações: António Aguilar passa para ponta e nos centros reedita-se a dupla Miguel Leal e Miguel Portela.


Os jogos já têm hora marcada. Às 16 horas, em Monsanto, joga-se o Direito-Belenenses (com transmissão em directo na Sport Tv) e logo a seguir (às 18 horas) na Tapada terá encontro a 2ª mão do Agronomia-CDUL. 

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sevens Londres: pior era difícil.

Este torneio pede a chamada de jogadores mais experientes?

Não foi nada favorável o sorteio dos grupos no próximo torneio do Circuito Mundial de Sevens da IRB. No torneio de Londres (que decorrerá nos dias 22 e 23 de Maio), a selecção portuguesa calhou no pior grupo de todos onde Quénia, Gales e Nova Zelândia aparecem como adversários. 


Esta é uma altura em que se vive uma fase de passagem de testemunho e onde muitos dos jogadores que vêm a ser convocados têm poucas presenças em torneios da IRB, fruto de uma aposta dos treinadores (Francisco Pinto Magalhães, Hugo Valente, Veltioven Tavares, Manuel Costa, Duarte Moreira, Sérgio Franco e Francisco Serra entre outros, contam pelos dedos de uma mão a participação em torneios do circuito). Mas os desafios do torneio de Londres vêm a pedir a velha escola. Assim não seria de estranhar a chamada de jogadores que formaram uma das melhores equipas de sevens de sempre. 

Pedro Silva, Diogo Mateus, David Mateus, Vasco Uva, João Mirra, Pedro Cabral, Tiago Girão, Adérito Esteves e António Aguilar podem voltar a ser chamados para este torneio e juntar o seu nome a outros que vêm sendo chamados como Sebastião da Cunha, Gonçalo Foro e Pedro Leal, formando novamente um equipa bastante experiente que ganhou vários campeonatos da Europa. Cabe ao treinador nacional, Tomaz Morais, escolher a melhor equipa para este torneio. Mas é sabido que Portugal, ao contrário do que tem vindo a acontecer, não tem estado ao nível esperado (pelas razões já adiantadas) e isso poderá ter precauções no futuro, como a ausência em torneios do próximo ano.

Os Lobos, fruto de não se ter ganho o campeonato da Europa em 2009, foram convidados a disputar os torneio de Londres e Edimburgo. Contudo, a recaída exibicional poderá ser fatal e o lugar de convite alcançado este ano poderá perder-se caso não se atinja os níveis de há dois anos, onde se ganhou a selecções como Gales, Austrália, entre outras.

Esta é um questão difícil. Deve-se continuar a aposta que tem sido feita em jogadores novos e cujos resultados estão à vista (Pinto Magalhães, Diogo Miranda, Frederico Oliveira, Duarte Moreira, Hugo Valente, Francisco Serra e Sérgio Franco são hoje titulares nos seus clubes e  peças fundamentais na manobras da equipa)? Ou deve-se para este torneio, devido ao grau de dificuldade, chamar os mais experientes e alguns jogadores da nova geração?

Comente e dê a sua opinião.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

I Divisão, a um passo do título.

Ao mesmo tempo que começava a primeira mão das meias finais da fase final do campeonato Super Bock, começava a última jornada da fase de apuramento da I Divisão. Lousã, CRAV, Cascais e Évora eram já os conhecidos apurados para uma fase final disputada até à última e onde clubes como o Vitória de Setúbal podiam muito bem marcar presença, não fosse o desacerto da gestão das inscrições.

Numa ultima jornada, o Dramático de Cascais recebeu em casa o Cascais Rugby Linha num jogo que tinha muito em jogo para além do resultado. Ex-jogadores do clube da Guia regressavam novamente ao campo do clube que representaram durante muitos anos, mas com uma diferença: desta vez não jogavam em casa. Com um Dramático já apurado para uma fase final, a única duvida era qual a equipa do norte do pais que iria defrontar - Lousã ou CRAV. Do lado do Cascais Linha, não havia pressão. A equipa campeã da II Divisão em 2008/09 já tinha alcançado os seus objectivos e restava agora fazer um bom jogo diante de um Dramático à procura de ser campeão. Terminou o jogo com a natural vitória para a equipa da Guia que assim defronta o CRAV nas meias finais. CRAV que depois de uns anos sempre a atingir a fase final e sem nunca chegar à final, aparece este anos como um dos candidatos ao título juntamente com a Lousã e o Dramático de Cascais. Com uma forte equipa, nomeadamente nos avançados (recordamos que esta equipa do CRAV criou fortes dificuldades à mellêe do Belenenses na Taça de Portugal), o clube de Arcos de Valdevez tem a seu lado o forte apoio da cidade e no jogo da meia-final irá certamente contar com esse público para pressionar a equipa de Cascais.


Na outra meia-final defrontar-se-ão Évora e Lousã. A Lousã que venceu a fase regular do Campeonato com 55 pontos (mais 3 que o 2º classificado) defronta o quarto classificado o Évora num jogo que já se tornou num clássico da I Divisão. Este ano os clubes encontraram-se por duas vezes com cada uma das equipas a conseguir uma vitória: 50-25 na primeira volta (Lousã) e 33-28 na segunda volta (Évora). Em qualquer um dos jogos os resultados foram avolumados prevendo-se uma meia final de grande nível e de jogo ao ataque por parte das duas equipas.

Patricio Desmond (Dramático), José Lima (Évora), Ricardo Santos e Geere David (Lousã) são apenas alguns dos jogadores a ter em atenção na fase final da I Divisão.

Foi um dos melhores anos da I Divisão. Lousã, Cascais e Setúbal foram buscar jogadores de grande nível aos estrangeiro aumentando assim o nível desta competição que tinha no principio da época 5 ou 6 equipas candidatas ao título. À Lousã chegaram Geere David (treinador-jogador) e Silvestre Engelbrecht (ex-centro de Agronomia), ao Dramático de Cascais chegaram Conrad Stickling, Louis Ackerman (pilar), Patricio Desmond (2ª e 3ª linha), Andrew Velasco (defesa) e ao Vitória de Setúbal vieram 5 argentinos cuja qualidade de jogo está ao nível dos melhores da Divisão de Honra. Ao lado destes jogadores estavam outros com um historial grande de presenças em selecções nacionais, regionais e de sevens, tanto de séniores como juniores. 

Poder e força de Louis Ackerman num ensaio frente ao Évora. (clique na imagem)
(fotografia de Miguel Carmo)

Estão assim lançados os dados para 2 grandes jogos nas meias finais da I Divisão, que ao contrário do Campeonato Super Bock, apenas será disputado a uma mão. Assim Lousã e CRAV (que jogam em casa) aumentam as suas probabilidades de vencer o Campeonato e automaticamente a marcarem presença na Divisão de Honra na próxima época. 

Qual o principal candidato a vencer o Campeonato da I Divisão 2009/10? 
  • RC Lousã
  • CRAV
  • GDS Cascais
  • CR Évora
Vote na barra lateral.

Vitória perde por falta de comparência:

O jogo entre o Vitória de Setúbal e o Rugby Clube da Lousã, que foi adiado desde a 1ª jornada do campeonato da I Divisão, teve (finalmente) lugar no dia 6 de Março de 2010. Nesse jogo era fundamental o Vitória de Setúbal vencer para manter as aspirações de chegar à fase final depois de um inicio de campeonato onde os resultados não foram os melhores. 
Acontece que o Vitória no inicio da I Divisão não tinha (inscritos) muitos jogadores que tem actualmente, nomeadamente os jogadores argentinos (que não estavam em Portugal na data da primeira jornada). Como não estavam inscritos não poderiam jogar pelo clube em jogos que tivessem sido adiados de datas anteriores (como o jogo da Lousã), apenas podiam jogar a partir do momento em que estivessem regularizados na FPR.
Depois de a utilização à mesma dos jogadores no jogo de dia 6 frente à Lousã, o clube serrano apresentou uma queixa na Federação Portuguesa de Rugby sobre a utilização irregular de jogadores na partida, que era referente à 1ª jornada. Assim, a equipa do Vitória de Setúbal ficou com uma falta de comparência no resultado frente à Lousã, perdendo o jogo e ficando afastada da Fase Final da I Divisão.

Para mais informações clique AQUI.

domingo, 11 de abril de 2010

Agronomia com um pé na final.


Concluída a primeira mão das meias finais, Belenenses e Agronomia estão à frente da corrida pela presença na final do Campeonato Nacional de Rugby.

O Belenenses derrotou em casa o Direito por 11 pontos contra 9, num jogo onde apenas houve um ensaio da autoria do herói de 2008, o internacional pela Tonga, William Hafu. Na outra meia final, CDUL e Agronomia protagonizaram uma partida bem mais emocionante culminando com a marcação de 5 ensaios e mais de 50 pontos durante o jogo. Resultado final 19 - 32, para a equipa da Tapada.


Foram jogos de bom nível, onde se puderam assistir a grande embates e potentes duelos entre vários jogadores portugueses e internacionais. Desde Tongoneses a Argentinos, passando pela Nova Zelândia, Àfrica do Sul e Austrália, são muitos os jogadores oriundos de outros países e cuja qualidade é muita.

William Hafu voltou a fazer das suas e marcou 5 pontos. 
(fotografia: Miguel Rodrigues)

Neste fim-de-semana os jogadores que mais se destacaram foram (curiosamente) da primeira linha. William Hafu (Belenenses) e Chistopher Even (Agronomia), são dois jogadores de grande mobilidade e de grande nivel. A comprovar isso ficaram os ensaios dos dois jogadores nos respectivos jogos. Um dado curioso: o pilar agrónomo já marcou 7 ensaios no campeonato.

Mas há mais jogadores a destacar. No Belenenses-Direito, os argentinos Júlio Farias e Marcos Vallejo mostraram a sua garra num jogo onde os dois tomaram papeis fundamentais. No estádio Universitário, Duarte Cardoso Pinto realizou uma das melhores exibições da época. Com um jogo ao pé bastante afinado, o médio abertura e capitão de Agronomia foi um verdadeiro comandante do seu XV. No lado azul, o destaque vai para a entrada de Pedro Cabral (começou o jogo no banco) que trouxe outro animo e espírito à equipa.

(carregue nas imagens para ver os XV, suplentes e marcadores dos dois jogos)

Estes foram jogos decisivos onde 1 ponto poderá fazer a diferença. Se Agronomia leva uma vantagem bastante preciosa para a Tapada, o Belenenses não se pode deixar levar pela diferença de dois pontos alcançada no Restelo. Em Monsanto, os "advogados" vão querer levar de vencidos os homens da cruz, enquanto os universitários terão sempre uma palavra a dizer e se a atitude for a mesma da segunda parte da primeira mão, pode haver lugar a surpresas.

Esta será uma semana de muito trabalho para o departamento técnico. Lesionados e impossibilitados de jogarem este fim-de-semana estiveram Diogo Matus (Belenenses) e Maxi Lopez (CDUL). Se Maxi estará de fora da segunda mão devido a uma mão partida, o capitão do Belenenses regressará aos relvados para o jogo de Monsanto. Mas as maiores dores de cabeça dos técnico prendem-se com os centros. Marcos Vallejo (Belenenses), Miguel Portela (Direito), Michael Lubbe (Agronomia) e Peter Leulusso (CDUL) saíram lesionados dos seus jogos e estão em dúvida para o próximo fim-de-semana. Destes todos só Miguel Portela não jogou.

A Agronomia está com um pé na final do campeonato nacional. O fantástico jogo realizado no Estádio Universitário vem tirar qualquer dúvida sobre o qualidade dos jogadores e da equipa verde e branca. Lourenço Kadosh (ajuda a esquecer Luis Pissarra) está em óptima forma e consegue fazer jogar toda a equipa, nomeadamente os avançados que contra o CDUL foram exuberantes nos rucks. Com um resultado amplo de hoje, os da Tapada são os principais candidatos à presença na final.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um título, 4 clubes.


Agronomia, Direito, Belenenses e CDUL iniciam esta semana os trabalhos rumo ao maior objectivo da época: o título de Campeão Nacional. 

Terminada a fase de regular do campeonato os 4 clubes preparam-se para jogar as partidas mais dificeis e mais exigentes do quadro competitivo português. Frente a frente estão Agronomia e CDUL, num jogo que se repete pela 4ª e 5ª vez este ano, e Belenenses e Direito, duas equipas cheias de experiência e onde a mesma pode valer a presença na final. Estas meias-finais disputam-se em duas mãos (a primeiro mão disputa-se em casa do 3º e 4º classificados, sendo que a segunda mão se jogará no campo do 1º e 2º), e apesar da vantagem de jogar me casa, o factor de mais adeptos poderá ser nulo. A verdade é que se juntaram esforços para que os horários dos jogos não coincidissem. Assim será bastante provável que se assista a grandes espectáculos com casas cheias de adeptos de todos os clubes.


As meias finais repetem-se um anos depois. Este ano, tal como em 2009, o campeonato decidiu que o campeão de 2008, o Belenenses, jogasse frente ao Direito, enquanto a Agronomia disputava as meias-finais contra o clube Universitário. Nesse jogos os vencedores foram Agronomia e Direito com os seguintes resultados:




Esta época contudo os planteis estão diferentes. Todos os 4 clubes reforçaram-se a pensar nesta derradeira e decisiva fase. Aquele que mais se reforçou foi o Belenenses. No Restelo mora uma equipa cujo plantel é provavelmente dos mais ricos de Portugal. Jogadores como Diogo Mateus, David Mateus e João Uva são referencia no país, mas se a estes juntarmos Facundo Borelli, William Hafu (ambos no clube à 3 épocas), Sebastião da Cunha, Pedro Silva e mais recentemente Júlio Farias (ex-puma), Ariel Berrigno, Hamish Haika, Christopher Mclean e Marcus Zavaleta facilmente se percebe que esta equipa é uma séria candidata ao título apesar do dificil embate com o Direito. No Restelo está ainda um dos melhores marcadores do Campeonato Nacional. O médio abertura Manuel Costa já leva 117 pontos só em pontapés aos postes, o que o transforma numa verdadeira dor de cabeça para o clube de Monsanto que terá de se organizar a defender bem para não cometer erros que possam ser transoformados em penalidades.


Outro clube que se reforçou, e bem, foi o CDUL. O clube universitário foi ao hemisfério sul buscar dois jogadores de um dos melhores campeonatos do mundo (se não mesmo os melhor) Super-14. Jamie Helleur (ex-Auckland) e Glen Gregory (ex-Tasman) são os reforços mais sonantes de uma equipa que ainda foi buscar um jogador que apenas agora recuperou de uma lesão, Carl Murray (ex-Técnico). Com Helleur, Murray, Pete, Cabral, Gonçalo Foro, Frederico Oliveira e ainda Maxi, a equipa universitária apresenta-se com uma das melhores linhas de 3/4 do Campeonato. Resta saber onde se vão colocar todas as estrelas. Nos avançados a coisa está mais tremida. Apesar de contar com avançados internacionais por Portugal como João Júnior, Tiago Girão, Duarte Figueiredo e Diogo Fialho, a verdade é que é nos avançados que reside a maior fraqueza azul.

(não são conhecidos os marcadores da 14ª jornada)

Frente ao Cdul estará o principal candidato ao título: Agronomia. O clube da Tapada conclui pela terceira vez seguida o campeonato regular em primeiro lugar. Infelizmente não existem benefícios de terminar em primeiro, mas uma coisa é certa, esta equipa da Tapada consegue impôr o seu ritmo em qualquer jogo e apresenta-e com um plantel de grande categoria onde se sobressaem Joe Gardener, Jacques Le Roux, Duarte Cardoso Pinto, Juan Severino e Francisco Mira. Todos eles fazem parte do plantel verde e branco hà mais de 3 anos. Assim como os outros clubes, Agronomia também se reforçou durante o defeso e no principio do campeonato. Da Argentina veio Patricio Ballesteros e da Nova Zelândia Christopher Even. Dois avançados de grande categoria que se destacam de maneira diferente. "Pato" é um lutador nato e um jogador que disputa cada ruck até à última (um verdadeiro 2ª linha), enquanto "Chris" demonstra não apenas ser um pilar forte e seguro na mellêe como ainda aparece em jogo aberto tendo marcado tantos ensaios neste ano como Gonçalo Foro. Mas se falamos de ensaios não nos esqueçamos que na Tapada estão os melhores marcadores do campeonato. Jacques domina a lista de ensaios com 75 pontos e Joe Gardener está atrás de Manuel Costa com menos 6 pontos  (sem contar com a 14º jornada).

(não são conhecidos os marcadores da 14ª jornada)

Em Monsanto está o plantel mais experiente do campeonato. À imagem de Miguel Portela, a equipa do Direito é uma clube de alma e paixão. Com inúmeros jogadores internacionais como Vasco Uva, Salvador Palha, Diogo Coutinho, Jorge Segurado, António Aguilar, Pedro Leal, etc.. a equipa de Monsanto foi ainda buscar dois importantíssimos jogadores que actuavam fora do país: Gonçalo Uva e José Pinto. Os dois internacionais portugueses regressaram este ano à sua casa e certamente que quererão revalidar um título que não festejaram no ano passado. Mas não é tudo, em Monsanto está ainda um dos melhores médios-abertura de Portugal, Gonçalo Malheiro. O nortenho veio para Lisboa e escolheu o Direito para jogar. Esteve afastado a maior parte da época, mas certamente que irá voltar na fase final e tudo irá fazer para conquistar o único título nacional que lhe falta.

(não são conhecidos os marcadores da 14ª jornada)


Participe e vote naquele que na sua opinião é o principal candidato ao título. Consulte a tabela lateral e não deixe de participar.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Portugal vence grupo B.


Portugal vai estar entre as 8 melhores selecções da Europa no europeu de 2011, fruto de (mais) uma vitória memorável no Europeu disputado em Itália. 

A selecção Portuguesa venceu a Espanha na final do Grupo B e por um resultado bastante avolumado, 43 - 3. Foi uma partida onde Portugal dominou, tendo marcado os primeiros pontos logo aos 7 minutos através de um ensaio do seu defesa Miguel Costa. A partir daqui a equipa portuguesa subiu para cima dos espanhóis e num espaço de 2 minutos marcou 2 ensaios, um através de uma boa iniciativa do abertura que libertou a bola num pontapé para o ponta Cisnero marcar os 5 pontos, o terceiro ensaio foi obtido através de uma boa jogada de avançado num maul dinâmico. 
Ainda antes do intervalo chegou-se ao quarto e quinto ensaio, com Alexandre Cisnero e Miguel Costa a bisarem na partida depois de boas jogados individuais. 

Na 2ª parte a equipa portuguesa mais uma vez apoderou-se do terreno espanhol e colocou o jogo nessa zona do terreno tendo apenas saído daí aos 55 minutos. Marcaram-se dois ensaios tendo o primeiro ensaio sido da autoria de Lourenço Matalonga, depois de uma grande jogada de Francisco Vieira de Almeida, enquanto o segundo foi um sprint de 80 metros do três-quartos João Barreto. 
  1. Ricardo Gonçalves (Académica) - Diogo Ramos (CDUL)
  2. Bruno Rocha (Técnico)
  3. Pedro Ventura (Agronomia) - André Menezes (Direito)
  4. Lourenço Matalonga (5) (CDUP)
  5. Fernando Almeida (Vitória) - Guilherme Megre (Agronomia)
  6. Salvador Vassalo (5) (Cascais) - João Barreto (Belenenses)
  7. Eduardo Macedo (CDUP) - João Cabral (Direito)
  8. Vasco Fragoso Mendes (Direito)
  9. José Ferrão (Académica)
  10. Rodrigo Figueiredo (2+2) (CDUP) - Francisco Onofre (2) (Agronomia)
  11. Alexandre Cisnero (5+5) (Académica) - José Branco (Belenenses)
  12. Francisco Vieira de Almeida (5) (Belenenses)
  13. José Lima (2) (Évora)
  14. Francisco Correia (Direito)
  15. Miguel Costa (5+5) (Direito)
  16. Lourenço Thomaz (Direito)
  17. Guilherme Ribeiro (Académica)
  18. João Cabral (Direito)
  19. João Oliveira (Évora)
  20. Francisco Onofre (Agronomia)
  21. Bernardo Campelo (Agronomia)

Com esta vitória a equipa Portuguesa acaba o torneio 100% vitoriosa. Depois de uns fantásticos 104-3 às Suiça, numa partida de apenas um sentido, veio a Holanda. O jogo das meias-finais acabou mesmo por ser o mais difícil e aquele onde se marcaram menos pontos e se sofreram mais (25-10). 


Tudo acabou bem depois de mais um jogo onde se marcaram 6 ensaios e apenas se sofreram 3 pontos. 

Depois de no ano passado se ter perdido na final com a Alemanha (que este ano venceu a Roménia por 40-0), os Lobos partiram com muitas ambições e muitos objectivos e conseguiram-nos. Os número falam por si e em 3 jogos marcaram-se 172 pontos e 26 ensaios, tendo-se sofrido 16 pontos e 1 ensaio.

Esta equipa deu provas que há muito futuro no rugby nacional. Muitos deste jogadores já tem um ritmo de jogo bastante avançado para a idade e certamente que os jogadores que para o ano forem competir junto dos melhores da Europa como Irlanda, França e Itália irão aumentar e melhorar todos os níveis técnicos e físicos do jogo. Estes Lobos estão de parabéns!!