domingo, 8 de fevereiro de 2009

Opinião Pública

É dos assuntos mais falados no "Rugby Português":
Competição
Portugal iniciou este sábado uma nova cruzada. Uma cruzada cujo objectivo é a qualificação para o Mundial de Rugby a disputar-se na Nova Zelândia no ano de 2011.
Apesar de uma primeira derrota contra uma Rússia, que estava ao nosso nível (ficou provado na segunda parte), nada está perdido e esperança é a última a morrer. Mas ficou um aspecto bem saliente neste jogo: Portugal entrou a dormir!
Desconcentrados, fazendo muitas faltas e com poucas jogadas de qualidade, ficou visível que os jogadores ou não estavam a espera de uma entrada tão forte da Rússia (que não me parece) ou não estão habituados a este ritmo de jogo.
E quando se fala de ritmo de jogo, obrigatoriamente vem o campeonato.
Não falta muito até à "final-four". Mas esta só aparece depois da Taça Europeia das Nações (T.E.N.). Portanto toda a competitividade até ás T.E.N. provem do Campeonato. De um campeonato de onde 16 jogos, dizem os jogadores, só 4 ou 5 são competitivos.
Verdade seja dita: Os jogadores do campeonato Português precisam de jogos difíceis! Jogos onde possam superar os seu limites, jogos onde só dando o máximo podem ganhar, jogos de grande pressão!
Mas, se para muitos a solução é um campeonato de 5 ou 6 equipas para outros um campeonato nessas condições só iria criar uma elite de clubes no "Rugby Português".
  • Qual a solução para o modelo competitivo do Rugby Português?
  • Deve-se apostar num semi-profissionalismo onde os jogadores treinam 4 a 5 vezes por semana, tentando acompanhar os que estão no CNT?
  • Deverá ser criada uma Liga de Clubes com o objectivo de chamar ou arranjar apoios e patrocínios para o campeonato?
É uma questão urgente que deve ser pensada e ideias não faltam. Mas o tempo vai passando... Sugiro um campeonato nestes moldes:
  1. Duas ligas - Uma Liga Norte (albergando todos os clubes Lisboa para cima) e uma Liga Sul (de Lisboa para baixo)
  2. Cada Liga tinha um entidade directora, ou seja, estas duas ligas eram suportadas pelas Liga de Clubes do Norte e Liga de Clubes do Sul, responsáveis por arranjar apoios e patrocínios.
  3. Disputava-se o campeonato das referidas Ligas entre os meses de Setembro/Outubro e Dezembro.
  4. No final destas ligas criavam-se jogos entre Selecção Norte e Selecção Sul.
  5. Nos meses seguintes, enquanto a T.E.N decorre, as respectivas selecções Norte e Sul (compostas por jogadores promissores) poderiam fazer digressões pela Europa afim de aumentar o nível dos jogadores (As respectivas Ligas eram responsáveis por isso).
  6. No final da T.E.N. os 4 melhores de classificados de cada liga iriam disputar a Fase-Final.

Este Modelo iria, com certeza, trazer mais patrocínios, iria trazer mais adeptos e iria aumentar a competitividade individual de cada jogador, pois aquele que não é chamado à selecção Nacional teria a oportunidade de se mostrar nas Selecções Regionais e ainda poderia fazer digressões pela Europa.

Um Modelo.. Uma Hipótese.

Com os melhores cumprimentos, Zé Nunes.

(Tal como o próprio nome indica este espaço destina-se à discussão. Contudo se forem usados argumentos que possam ser vistos como críticas pouco construtivas, esses mesmos serão automaticamente apagados)

10 comentários:

Anónimo disse...

portugal nao tem dimensao para ter mais do que um campeonato... para alem de que a liga do sul seria muito mais competitiva, no norte so o cdup e a academica poderiam ser equipas de topo

Anónimo disse...

- acho que 2 divisoes de 6, com 3 final fours iria aumentar a competitividade de cada uma das divisoes, haveria mais jogos entre as melhores equipas, e as mais fracas teriam mais hipoteses de evoluir, em vez de levarem sovas a torto e a direito.
- uma especie de liga intercalar, em que os clubes pudessem pôr equipas b a jogar, seria optimo, uma vez que os melhores clubes têm jogadores para isso, mas estes simplesmente não jogam. Tal iria aumentar a competitividade dos jogadores e possivelmente melhora-los.
- a nivel dos clubes, há muitas coisas que se podem fazer, nomeadamente incentivos como premios de jogo, de assiduidade e dedicação, ginásio, treinos físicos extra, programas de nutriçao e suplementação, um pouco à imagem da selecção. (já há clubes que praticam algumas destas e têm obtido resultados)
- também se deve procurar melhor formação dos árbitros, há jogos que perdem muito devido a arbitragens demasiado protagonistas, sem o intuito de deixar o jogo fluir. para alem disso, a arbitragem do jogo no chão ainda tem muitos erros, e tirando um ou dois arbitros, não sabem arbitrar correctamente as diferentes situações que se passam no jogo, que é o mais complexo de todos os desportos colectivos
- outras ideias com resultados possiveis a longo prazo, como o desporto escolar e torneios de um dia inteiro já estão a ser postas em prática e o numero de praticantes nas camadas jovens tem vindo a crescer (creio)
- o desenvolvimento das infra-estruturas é outro passo, que não surge do dia para a noite, mas que deve ser fomentado e planeado

Ignatius disse...

Há ainda uma falta muito grande de infra estruturas.

Há jogos não disputados nas divisões inferiores, que pura e simplesmente foram esquecidos.

Faltam árbitros.

O modelo competitivo da 1ª divisão poderia ser alterado para 2 zonas, Norte e sul, com os 2 melhores classificados e entrarem numa "final 4" a duas mãos.

Em termos de competitividade, uma competição europeia de clubes é obrigatória. Veja-se por exemplo a
http://www.ceerugby.eu/

Anónimo disse...

Creio que, em primeiro lugar, é preciso estrutar a actual competição.
Depois ir pensando em novos modelos.
Mas urge melhorar o sistema que temos.
O campeonato já devia ter acabado, ou devia estar no fim.
Neste tempo, de selecção, jogava-se a taça, menos importante.
Creio que os clubes que dispensam mais jogadores para a seleção, também são os que maior plantel têm e conseguem estar representados numa competição, secundária, durante esta fase.
Acabando a taça e a seleção, que se jogue a falada liga Ibérica.
O ideal, quanto a mim, seria optar por um modelo semelhante ao da NZ.
Começáva-mos por jogar a taça agora na altura da seleção.
em seguida joga-se o campeonato., em Setembro LI, em regime de franchising, cada duas equipas da divisão de honra faria uma equipa para a LI.
Acabando a LI, começa a Seleção.
Assim, todos os anos toda a gente joga, os jogadores que forem melhores vão-se destacando, começam por entrar na taça, ganham lugar para o campeonato (já com os selecionados na equipa) e ganham também na união com outra equipa.
Só assim se consegue dar ritmo de jogo aos jogadores da seleção. E só assim (com oportunidade de jogar de igual para igual na taça)com oportunidade para melhorar durante a LI os clubes que estão pior se aproximam.

Anónimo disse...

Concordo com o post. É preciso passar as pastas do campeonato para uma (ou duas) ligas de clubes.

Acrescento até que depois da final four as selecções norte e sjl podiam entrar numa liga ibérica com selecções regionais em espanha

Acho que est era a melhor maneira de evoluir o campeonato. E isto ia trazer com certeza mais patrocinios.

Anónimo disse...

ha uma coisa que nao esta a ser tida em conta:
o nivel que a selecção alcançou antes do mundial, não foi consequencia do nivel do campeonato. houve antes um grande esforço do tomaz morais em fazer com que os jogadores se comprometessem e treinassem bastante e com esse treino subiram bastante o nivel. tal como acho que hoje em dia, a selecção nao reflecte o campeonato nacional, a diferença de ritmo e de qualidade de jogo é muito grande.
melhorar a competitividade do campeonato nacional é importante, mas não vejo isso como tendo uma influencia directa nas exibições da selecção. tem mais que ver com a motivação, os jogadores disponiveis e a forma destes.

Anónimo disse...

Não concordo com o último comentário, por um motivo, o ritmo não se ganha treinando, mas jogando.

O ritmo antes do mundial foi com muitos jogos na preparação.

Qualquer um dos jogadores da actual seleção treina tanto ou mais do que se fazia antes do mundial, não têm é ritmo competitivo.

E é isso que a melhoria do campeonato e uma LI trarão, rodagem a todos os jogadores, subida do nível dos que não estão na seleção, aproximando-os dos que estão, e assim, podendo ir puxando cada vez mais para cima.

Placador disse...

MODELO SUPER 14 JÁ:

O melhor modelo a implemantar não será 1001 competições como ligas intercalares, taças etc.
O ideal seria criar uma SUPER LIGA IBÉRICA com "selecções regionais, tipo: pt- SELECÇÃO ARN, SELECÇÃO CENTRO, SELECÇÃO LISBOA, SELECÇÃO SUL esp- SELECÇÃO CATALUNHA, SELECÇÃO ANDALUZIA, SELECÇÃO MADRID, SELECÇÃO ANDORRA, SELECÇÃO, SELECÇÃO GALIZIA, SELECÇÃO EXTREMADURA ou outras...

Assim conseguiamos ao jeito do super 14 (ou das selecções regionais Irlandesas) cerca de 12 equipas que poderiam canalisar vebas maiores das suas regiões de influência, maior leque de jogadores e assim tanto nós como os vizinhos ganhavamos competitividade... Os clubes mais pequenos para além de funcionarem como "viveiros" destas selecções poderiam fazer um segundo campeonato nos moldes do actual campeonato nacional... Assim teriamos 4/5 grandes equipas nacionais que canalisariam cerca de 70 atletas a jogar ao mais alto nivel e num profissionalismo assumido...

Este é a meu ver o futuro do rugby nacional e a única hipótese viavel de sobrevivência e crescimento nacional da modalidade de forma sustentada no sentido do profissionalismo.

Anónimo disse...

é preciso mais jogos de nivel- a serio. treinar sim mas não chega. Não parar os campeontaos quando joga a selecção. apenas 14 dos que jogaram sabado jogam no nosso CN.

opbrigado e rebentem com os Gergeanos, por favor não entrem a dormir nem atemorizados.
o rugby português precisa das vossas vitórias.
abraço
PR.

Anónimo disse...

Campeonatos de selecções regionais ibéricas foi chão que já deu uvas. Não tivemos unhas para continuar aquilo que se vinha fazendo com enorme exito e que desaguou na selecção portuguesa que foi ao mundial e agora os espanhois fazem-nos uns manguitos